Reciclagem
ainda engatinha em São Paulo e Rio
Capital
paulista estuda mudar legislação para estimular a reciclagem, que
hoje alcança apenas 1,3% de seu lixo. No Rio, com a desativação do
aterro do Jardim Gramacho, reativação da reciclagem ainda é um
passo incerto.
São
Paulo
Problema:A
cidade recicla apenas 1,3% de seu lixo. Nos Estados Unidos, esse
índice é superior a 30%. Na Alemanha, chega a 67%. Segundo dados da
própria prefeitura, 20% do lixo que vai para os aterros poderia ser
reciclado. E pior: 60% do que é separado pelo cidadão em casa acaba
indo parar nos aterros e misturado ao lixo comum.
Segundo a
associação de catadores de lixo, as 21 centrais que foram
regularizadas na cidade operam além da capacidade. A prefeitura
alega que o Programa Socioambiental de Coleta Seletiva aumentou em
mais de dez vezes o volume coletado, triado e processado, passando de
20 toneladas por dia em 2003 para 214 em 2011. O programa beneficia 1
200 famílias em “situação de risco social”, com renda média
mensal de R$ 800.
Dados do
Compromisso Empresarial para a Reciclagem mostram que em 2010 a
Prefeitura investiu R$ 60 milhões para coleta, transporte e aterro
do lixo. Desse montante, apenas 0,001% foi investido em reciclagem.
Solução:Aumentar
de 06 para 50 os ecopontos e criar novas centrais de triagem. O
município também estuda modificar a legislação para estimular a
coleta de embalagens de bebidas, produtos de limpeza e cosméticos.
Rio
de Janeiro
Problema:A
capital registra uma taxa de reciclagem superior à de São Paulo:
5%. Mas, até dois meses atrás, a atividade ocorria basicamente por
meio dos catadores informais que viviam do lixo – e no lixo - no
aterro do Jardim Gramacho.
Com a
desativação do aterro, o governo vai ter que rever sua política de
reciclagem. O primeiro passo agora é indenizar os antigos moradores
de Gramacho, que perderam sua principal fonte de renda, o lixo. A
indenização vai ser de R$ 20 milhões, pagos em seis parcelas.
Solução:Construção
de 16 centros de coleta seletiva. O investimento de 50 milhões de
reais vem do BNDES, o Banco Nacional de Desenvolvimento Social. Mas a
reativação da reciclagem na cidade é um passo ainda incerto.
“Primeiro precisamos colocar a estação de tratamento de
Seropédica para funcionar. Tínhamos um problema como Gramacho para
resolver. Precisávamos priorizar os problemas”, diz o prefeito,
Eduardo Paes.
Fonte:
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/reciclagem-ainda-engatinha-em-sao-paulo-e-rio
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